Problemas financeiros
O evento discutiu problemas financeiros sob a ótica das constelações sistêmicas, metodologia baseada nos ensinamentos de Bert Hellinger. O encontro faz parte de um grupo de estudos mensal que reúne ex-alunos e convidados interessados em aplicar a visão sistêmica fenomenológica em contextos organizacionais.
Foram explorados diversos aspectos relacionados ao tema financeiro:
- A relação entre dinheiro e preconceitos de consciência, destacando como crenças limitantes podem impactar a prosperidade financeira.
- A importância de considerar a origem do capital inicial de uma empresa e seu impacto no sucesso ou fracasso do negócio.
- A dimensão espiritual do dinheiro e sua conexão com as ordens do amor e lealdades familiares/organizacionais.
- A necessidade de evitar pré-julgamentos e soluções prontas ao trabalhar com questões financeiras em constelações.
- A análise de casos específicos, como empresas que enfrentam dificuldades financeiras devido a eventos não resolvidos (exemplo: morte de funcionário).
- Discussões sobre comportamentos financeiros disfuncionais, como gastos excessivos, e suas possíveis raízes sistêmicas.
- A relevância do papel do fundador/criador na saúde financeira das organizações e como isso se perpetua ao longo do tempo.
O evento enfatizou a abordagem fenomenológica e a importância de confiar no campo durante as constelações, evitando classificações rígidas ou receitas prontas para problemas financeiros. Além disso, destacou-se o caráter humilde da ajuda sistêmica, que busca revelar movimentos ocultos sem pretensão de solucionar todos os problemas de uma só vez.
Os participantes contribuíram com perguntas e reflexões práticas, transformando o encontro em um rico espaço de troca de experiências sobre a aplicação dos princípios sistêmicos em questões financeiras empresariais e pessoais.
Como começar uma empresa com apoio da visão sistêmica
O evento “Como começar uma empresa com apoio da visão sistêmica” trata da aplicação de princípios sistêmicos no desenvolvimento e gestão de negócios, destacando a importância de alinhar propósito pessoal, valores e estrutura empresarial. Almir Nahas inicia explicando que o projeto surgiu como uma iniciativa de educação continuada após uma turma de especialização em constelações empresariais e consultoria sistêmica. A ideia é criar um espaço para discutir temas específicos relacionados à visão sistêmica aplicada aos negócios, com encontros mensais e temas pré-definidos.
Um ponto central é a necessidade de separar questões familiares das dinâmicas empresariais, especialmente em empresas familiares ou quando sócios têm vínculos conjugais. Conflitos emocionais ou lealdades invisíveis podem impactar negativamente a gestão do negócio. Um exemplo dado foi de um casal de sócios que, após ajustar papéis e resolver tensões conjugais, conseguiu prosperar com a empresa, mesmo mudando acordos internos. Isso demonstra como respeitar hierarquias e ordens sistêmicas pode blindar o negócio contra crises.
Outro tema relevante é a definição clara de público-alvo e propósito antes de iniciar um empreendimento. Almir menciona exercícios sistêmicos que ajudam a identificar o target, testar marcas e até planejar aspectos operacionais, como a divisão societária. Ele compartilha sua experiência em projetos variados, desde startups até empresas consolidadas, reforçando que negócios sem propósito definido tendem a enfrentar dificuldades. Dinheiro, nesse contexto, é visto como uma expressão de amor quando as ordens sistêmicas são respeitadas.
A discussão avança sobre desafios práticos, como a má relação com dinheiro e pressões por crescimento rápido, que podem desequilibrar o campo empresarial. Um caso apresentado envolve uma propriedade familiar não locada devido a conflitos entre herdeiros, ilustrando como questões não resolvidas impactam resultados financeiros. Além disso, Almir destaca a importância de trazer clareza ao propósito do negócio desde o início, evitando que o empreendedor crie uma empresa apenas para suprir necessidades pessoais, como descanso ou fuga de frustrações.
Experiências práticas também são compartilhadas, como um workshop com 25 empreendedoras iniciantes, onde apenas uma delas tinha conexão clara entre o propósito pessoal e o produto oferecido. Isso evidencia a falta de alinhamento comum em negócios iniciantes e a necessidade de explorar dinâmicas ocultas que afetam o sucesso.
Por fim, o evento enfatiza que a visão sistêmica pode ser aplicada tanto na fase inicial quanto em empresas consolidadas, permitindo identificar interdependências e dinâmicas sutis que influenciam resultados. A chave está em equilibrar relações humanas, propósito e gestão para promover prosperidade e sustentabilidade.
MEI: o que fazer e o que não fazer
O evento discute temas relacionados à gestão e dinâmica de Micro Empresas Individuais (MEIs), com foco nas perspectivas sistêmicas e desafios enfrentados pelos microempreendedores. Almir Nahas inicia destacando a importância de separar os papéis da pessoa física e jurídica, um desafio comum em negócios de pequeno porte. Essa confusão entre vida pessoal e profissional pode gerar dificuldades, especialmente na gestão financeira. Muitos microempreendedores, como uma manicure citada como exemplo, tendem a misturar contas pessoais e empresariais, o que pode comprometer a organização e a sobrevivência do negócio.
Outro ponto central é o conceito de hierarquia: a pessoa física existe antes da empresa, sendo, portanto, “pai ou mãe” do negócio. Reconhecer essa relação é essencial para tomar decisões que impactam a sobrevivência da empresa. A gestão financeira é apontada como um dos pilares fundamentais para o sucesso de uma MEI. Almir sugere que, ao perceber que a empresa é uma entidade distinta, o empreendedor consegue estruturar melhor suas operações e garantir maior clareza nos processos.
O evento também explora questões emocionais subjacentes ao empreendedorismo. Muitos microempresários carregam traumas ou conflitos de origem familiar que influenciam suas decisões e posturas no negócio. Alguns, por exemplo, podem até preparar conscientemente o fracasso de seus empreendimentos como forma de validação de crenças negativas sobre si mesmos ou suas famílias. Para superar esses bloqueios, é necessário observar o sistema como um todo e buscar alinhamento entre propósitos pessoais e objetivos profissionais.
Além disso, Almir destaca a relevância do planejamento estratégico, mesmo em negócios simples. Ele enfatiza que o sucesso depende de três elementos principais: produto, posicionamento e estratégia de venda. Ter clareza sobre o que se oferece, para quem e como esse serviço ou produto será entregue é crucial para o crescimento sustentável. Ferramentas básicas de marketing, como definição de preço, qualidade e distribuição, são igualmente importantes para diferenciar o negócio no mercado.
O evento inclui exemplos práticos, como o caso de uma empresa familiar onde os sócios ajustaram suas funções e passaram a realizar reuniões mensais mais eficientes, o que resultou em prosperidade. Outro exemplo mencionado envolve uma constelação organizacional que ajudou a identificar problemas sistêmicos em um grande evento corporativo, levando ao cancelamento do projeto por falta de alinhamento interno.
Por fim, Almir ressalta a importância de soluções práticas, como coworkings, para microempreendedores que precisam separar melhor suas vidas pessoal e profissional. Ele encerra reforçando que as MEIs, embora simples em sua estrutura, têm um papel fundamental na economia brasileira, movimentando grande parte do mercado. Para prosperar, é essencial que o empreendedor desenvolva maturidade, organize seu negócio e alinhe suas ações com um propósito claro.
Casamento e sociedade
O evento “Casamento e Sociedade” aborda a relação entre casais que são sócios em empresas, explorando as dinâmicas sistêmicas e emocionais que influenciam tanto o relacionamento pessoal quanto o profissional. Almir Nahas inicia destacando a importância de separar os papéis de cônjuge e sócio, enfatizando que, embora os dois sistemas estejam interligados, é essencial manter limites claros para evitar conflitos.
Um ponto central é a comparação entre sociedades empresariais e casamentos. Assim como no matrimônio, as relações societárias envolvem compromissos, divisão de responsabilidades e expectativas mútuas. Quando um casal decide abrir uma empresa juntos, questões como distribuição de capital, funções na gestão e alinhamento de objetivos podem gerar tensões se não forem tratadas com clareza. Almir menciona que, em alguns casos, o sucesso ou fracasso do negócio pode impactar diretamente o relacionamento conjugal, e vice-versa. Ele também ressalta que competição pelo poder ou falta de definição de papéis pode levar ao desgaste tanto da sociedade quanto do casamento.
Outro tema discutido é o papel do dinheiro nas relações. Dinheiro é visto como uma expressão de amor quando as ordens do sistema são respeitadas, mas pode se tornar uma fonte de conflito quando há desequilíbrios. Exemplos práticos são apresentados, como o caso de um casal que decidiu não continuar como sócios após perceber que certas áreas do negócio exigiam habilidades que nenhum dos dois possuía. Essa decisão fortaleceu tanto o casamento quanto a empresa, mostrando que separar os papéis pode ser benéfico.
O evento também explora situações em que constelações familiares ou organizacionais podem ajudar a resolver conflitos. Um exemplo dado foi de uma empresária cuja interferência na gestão começou a causar problemas; o marido, dono da empresa, teve que mediar uma conversa difícil para redefinir os papéis dela no negócio. Isso ilustra a importância de honrar o propósito original da empresa e das relações, ajustando-as conforme necessário.
Além disso, Almir destaca que nem sempre uma sociedade precisa durar para sempre. Assim como vínculos empresariais podem ser desfeitos sem traumas, desde que haja respeito mútuo e transparência, o vínculo matrimonial, especialmente quando há filhos, é mais duradouro e exige cuidados especiais. A chave para o sucesso está em manter as ordens do amor e do respeito, tanto no casamento quanto na sociedade.
Por fim, o encontro reforça a ideia de que empresas fundadas por casais são sistemas vivos que refletem as histórias e dinâmicas dos indivíduos envolvidos. Para prosperarem, é crucial que ambos os sócios estejam alinhados em seus valores e objetivos, mantendo a harmonia entre o pessoal e o profissional. O evento termina com reflexões sobre a aplicação prática desses conceitos, encorajando os participantes a observarem suas próprias relações e empresas sob essa perspectiva sistêmica.
Conflitos entre sócios
Este evento debate temas relacionados a conflitos entre sócios e questões sistêmicas em empresas, discutidos em mais um encontro do grupo de formação em constelações organizacionais.
Almir Nahas inicia destacando a importância de separar as dinâmicas familiares das relações empresariais, especialmente em empresas familiares. Ele explica que, muitas vezes, o amor e os vínculos familiares levam um sócio a se sacrificar pelo outro, o que pode gerar desequilíbrios no negócio. Esses conflitos surgem quando interesses, capacidades ou hierarquias divergem ao longo do tempo. Por exemplo, um sócio pode enxergar sua função como algo temporário, enquanto outros dependem de sua permanência, criando tensões.
Almir exemplifica com casos reais, como uma empresa familiar onde o pai fundador faleceu, deixando a sucessão nas mãos dos filhos. A falta de preparo para transições de liderança é apontada como um fator crítico. Além disso, ele menciona situações em que sócios têm diferentes competências ou níveis de comprometimento, o que pode levar a desentendimentos sobre papéis e responsabilidades. Ele ressalta que, para lidar com esses desafios, é crucial observar o campo sistêmico sem julgamentos, mas com neutralidade e modéstia.
Outro ponto importante é a visão de que uma empresa é uma “pessoa jurídica” com sua própria história e dinâmica. As constelações organizacionais são apresentadas como ferramentas para identificar os problemas subjacentes, como questões de missão, relacionamentos institucionais ou desafios financeiros. Um exemplo dado foi uma constelação realizada para uma federação industrial, onde o foco era equilibrar as relações de poder e a missão da entidade.
O grupo também reflete sobre dilemas éticos e emocionais, como decisões que impactam centenas de famílias. Almir compartilha uma história sobre uma empresária que, após uma constelação, percebeu que precisava vender sua empresa por um valor maior do que o inicialmente oferecido. Isso lhe trouxe clareza e paz, permitindo que superasse crises e prosperasse.
Questões práticas, como a divisão de funções e horários entre sócios, são discutidas, assim como a necessidade de planejamento para evitar conflitos futuros. Almir enfatiza que a confiança mútua e a comunicação aberta são fundamentais para resolver disputas. Ele também menciona que o dinheiro, em sistemas empresariais, tende a fluir para onde pertence, e irregularidades podem ser sinais de desequilíbrio.
O encontro termina com uma discussão sobre habilidades sistêmicas aplicadas à mediação de conflitos, como escuta conectada e neutralidade. Almir encerra agradecendo aos participantes e convidados, reforçando a relevância do tema para a vida profissional e pessoal. Ele anuncia um próximo curso de especialização e destaca a importância da educação continuada para aprofundar o entendimento das dinâmicas organizacionais e familiares.
Transição de Carreira
Aqui abordamos o tema da transição de carreira, discutido em um encontro do grupo de formação em constelações organizacionais. Almir Nahas inicia destacando a importância de continuar estudando e trocando experiências após o término da especialização.
Ele compartilha um caso emblemático de uma dentista que, por lealdade ao pai, seguiu a profissão de odontologia, mas não encontrava satisfação no trabalho. Após uma constelação, ela conseguiu honrar o pai simbolicamente, entregando-lhe o diploma como uma homenagem, e isso a libertou para buscar sua verdadeira vocação, tornando-se consteladora.
Almir explica que as transições de carreira muitas vezes estão ligadas a escolhas influenciadas por fatores externos, como pressões familiares ou expectativas sociais. Ele menciona exemplos de pessoas que seguiram profissões por lealdade a pais ou avós, mesmo sem paixão pela área.
Outro ponto importante é o fechamento de ciclos, que pode ocorrer tanto na vida pessoal quanto no mercado de trabalho, exigindo adaptação. Ele também destaca que algumas transições surgem da necessidade de migrar para novas tecnologias ou campos emergentes, como a digitalização enfrentada na indústria calçadista de Franca.
Os participantes contribuem com reflexões sobre os desafios de transitar entre gerações e culturas organizacionais. Melissa, uma convidada, ressalta a crescente importância da espiritualidade nas corporações, conectada à busca por significado e propósito, especialmente para as novas gerações. Outros participantes enfatizam a necessidade de honrar o passado antes de avançar, reconhecendo os aprendizados e benefícios das trajetórias anteriores.
Outro aspecto relevante discutido é o medo da expansão, que pode surgir quando uma pessoa tem a oportunidade de ampliar sua atuação e impacto. Esse medo está frequentemente relacionado à dúvida sobre ser capaz de amar e dar mais, além de receios sobre assumir papéis de maior responsabilidade. Almir sugere que o amor e a confiança são fundamentais para superar esses bloqueios.
Por fim, o grupo reflete sobre a importância de se colocar a serviço do amor e daquilo que realmente importa, alinhando-se com o fluxo da vida e aceitando os desafios que surgem. O mantra compartilhado por Regina sintetiza essa ideia: “Eu me coloco a serviço do amor para estar onde devo estar, com quem devo estar, fazendo o que deve ser feito”. A discussão termina reforçando que as transições de carreira não são apenas mudanças externas, mas processos internos de transformação e autoconhecimento.
Esse encontro demonstra como as constelações sistêmicas podem ajudar a elucidar questões profundas relacionadas à carreira, oferecendo ferramentas para lidar com transições de maneira consciente e significativa.
Constelação Empresarial – Grupo de Estudos
Este é o evento inaugural de um grupo de estudos sobre Constelações Organizacionais, coordenado por Almir Nahas, com a participação de profissionais formados na área e convidados. O objetivo do grupo é promover o aprofundamento coletivo sobre como aplicar os princípios sistêmicos no contexto empresarial, especialmente voltados para micro e pequenos empreendedores.
Almir destaca que as constelações organizacionais surgem como uma extensão das constelações familiares, permitindo compreender sistemas empresariais sob uma visão sistêmica. Ele enfatiza a importância do trabalho como parte essencial da vida humana e aborda os desafios enfrentados pelos pequenos empreendedores, muitas vezes ligados à falta de estrutura básica, controle financeiro e separação entre pessoa física e jurídica.
São mencionadas questões sistêmicas fundamentais, como a relação do empreendedor com o dinheiro, a necessidade de planejamento estratégico e a influência de crenças internas e histórias familiares nos resultados do negócio. Além disso, ressalta-se a relevância de ferramentas como o Sebrae para suporte técnico e gerencial.
Durante o debate, participantes compartilham experiências práticas com atendimentos a empreendedores, discutindo como a visão sistêmica ajuda a identificar bloqueios e promover transformações. A interação entre os participantes evidencia a riqueza da troca entre teoria e prática, além da importância do grupo como espaço de aprendizado contínuo.
O encontro também toca na questão da educação empreendedora, destacando a carência de conhecimento básico em gestão e a dificuldade de muitos empreendedores em aceitar orientações externas. Os debatedores concordam que o sucesso empresarial está vinculado ao amadurecimento pessoal e sistêmico do empreendedor.
Como próxima etapa, foi sugerida a criação de um grupo permanente no Telegram para facilitar a comunicação e a troca de informações entre os participantes. O próximo encontro será estruturado com temas pré-definidos e maior foco nas aplicações práticas das constelações organizacionais.
O evento encerra com reflexões sobre a clareza que surge com a ação, a importância da colaboração no grupo e o potencial crescente do projeto como ferramenta de apoio a empreendedores.